Falando sobre os desafios do ensino da Informática em Angola, durante a cerimónia de abertura da primeira edição da Semana Académica de Engenharia Informática, realizada nesta quarta-feira (26) no Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), o antigo reitor da Universidade Agostinho Neto e ex-secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, professor João Sebastião Teta, apontou a reformulação do sistema de ensino nacional, a partir da base, para a elevação do ensino da Informática no país aos padrões universais.
“Eu sugiro, primeiro, que nós temos que mudar o sistema de ensino a nível nacional, na base. Há duas cadeiras fundamentais que fazem o desenvolvimento de um país, a primeira é a Matemática. Você pode não saber falar bem, mas se saber contar você vai ficar rico. Matemática é a base”, destacou.
Créditos: Ferreira Manuel
Junto desta primeira base para a formação dos técnicos informáticos no país, João Teta acrescenta o ensino da Educação Financeira desde os níveis básicos. Na sua opinião, ao aluno não deve apenas ser ensinado a Matemática como área do saber, “é preciso explicar-lhe porquê que ele está a estudá-la”, disse.
Apresentadas as bases fundamentais para a formação dos técnicos informáticos, o professor catedrático voltou-se à forma como o curso, em si, devia ser ensinado. Para João Teta, um modelo de ensino faseado para a área em causa seria o mais adequado, acrescentando que o país devia estabelecer dois tipos de formação em Informática: a formação tecnológica e a formação científica.
“Temos que ter, do meu ponto de vista, dois tipos de formação em Informática: a formação tecnológica e a formação científica,” disse. A formação científica, explica, “deve ser de cinco anos e reserva-se àquele que vai conceber. Já a formação tecnológica, deve ser de três anos e reserva-se àquele que deve captar, no dia-a-dia, o desenvolvimento tecnológico”.
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