A Meta actualizou nesta quarta-feira (26) os termos de uso para o Facebook e Instagram, de modo a permitir que as publicações dos utilizadores angolanos sejam usadas para treinar e aperfeiçoar a sua Inteligência Artificial (IA).
O uso de IA nas suas plataformas em áreas como moderação de publicações que tenham nudez ou discurso de ódio, não é novo para a Meta. O que muda agora é que as informações dos usuários nas redes sociais da Meta serão aplicados também para treinar um sistema de IA generativa da empresa. Ou seja, as informações, segundo avança o Wall Street Journal, vão alimentar modelos capazes de produzir textos e imagens, uma tecnologia parecida com a do ChatGPT.
A empresa de Mark Zuckerberg advoga que a IA na Meta ajuda as pessoas a resolverem problemas complexos, a serem mais imaginativas e a criar conteúdos nunca vistos. Desde dar respostas em tempo real às conversas, até ajudar as pessoas a organizarem e programarem as próximas férias.
“Essas informações podem abranger publicações ou fotos e legendas. Não usamos o conteúdo das suas mensagens privadas com amigos e familiares para treinar a nossa IA”, diz a empresa na Central de Privacidade, acessível pelo Facebook ou pelo Instagram.
Em países da União Europeia, Reino Unido e Brasil, por exemplo, a Meta disponibilizou um link para se opor à recolha de informações, que permite preencher um formulário disponível na página de política de privacidade da empresa. No formulário, o usuário precisa seleccionar o país de residência, incluir o endereço de e-mail e explicar o motivo do pedido.
O Portal de T.I verificou que, para os usuários residentes em Angola, a opção para se opor à recolha das informações ainda não está disponível, mas a plataforma permite a alteração ou remoção de qualquer informação.