Qual o futuro do recrutamento?

Recentemente participei num evento bastante inspirador, o «Fórum RH Angola» em que se partilharam saberes sobre Recursos Humanos.

Recebi muitas reflexões e construí uma perspectiva pessoal sobre o futuro do recrutamento face ao impacto das novas tecnologias.

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Acredito que no futuro as pessoas serão recrutadas predominantemente pela sua capacidade de «pensar» e de «ser e estar» ao invés da sua habilidade de «fazer».

80% do recrutamento será determinado pelas capacidades intra-pessoais e sociais do candidato e apenas 20% pela sua competência técnica.

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O «saber-saber» e o «saber-estar» irão se sobrepor ao «saber-fazer» nos processos de recrutamento e selecção.

Digo isto porque paralelamente à comunidade de «apaixonados por pessoas» está a emergir a comunidade dos «apaixonados por tecnologia», e o impacto das novas tecnologias vai mudar a organização do trabalho e a realização das tarefas do quotidiano.

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As minhas 5 previsões para o mercado do trabalho são:

  1. As pessoas vão executar menos e supervisionar mais.
  2. O trabalho das pessoas será menos manual e mais cognitivo.
  3. Saber analisar e interpretar será mais valioso do que ter know-how.
  4. As organizações vão recrutar menos, mas, para posições mais séniores.
  5. Haverá menos departamentos e mais equipas de projecto.

As TICs vão preencher grande parte daquilo que hoje chamamos de «trabalho». As tarefas de processamento serão cada vez mais feitas por computadores, por soluções de software e apps. As tarefas de execução estarão cada vez mais digitalizadas ou serão executadas por máquinas inteligentes com mínima intervenção humana.

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Por exemplo, ao nível do DRH uma plataforma de big data & analytics poderá cruzar dados em massa (avaliação de desempenho, relatórios de clima organizacional, registo biométrico, interesses de carreira, planos de sucessão, etc) e gerar relatórios individuais de apoio à gestão:  

  • Plano de formação customizado
  • Grau de predisposição para abandonar a empresa
  • Elegibilidade para promoção
  • Índice de motivação
  • Outros

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Assim, no recrutamento de quadros para a categoria de «técnicos» passará a ser muito relevante a componente de análise de dados «data analyst», enquanto os quadros de categoria sénior terão como competência target o «decision-making» sobre a diversidade de dados gerados.

Ao abraçar as novas tecnologias o Gestor de Recursos Humanos actual vai se transformar na sua versão 4.0. e daqui por cem anos, tenho dúvidas sobre quem ocupará o lugar central. Serão as pessoas ou a tecnologia? Quem será o Sol e quem será a Terra? Quem vai girar em torno de quem?

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Estarão as pessoas condenadas a adoptar a tecnologia para se manterem relevantes? Enfim, talvez apenas Galileu Galilei saiba responder. Tenho dito!

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