A agência espacial russa Roscosmos apresentou, na última semana, o modelo físico daquele que será o laboratório espacial da Rússia, após a sua saída da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla inglesa). A apresentação do modelo da Estação Russa de Serviço Orbital (ROSS, na sigla inglesa) ocorre um mês após o director da agência, Yuri Borisov, ter confirmado em comunicado que a Roscosmos abandonaria a ISS após 2024.
De acordo com a engenheira Margarita Sídorova, que trabalha no projecto, o primeiro esquema preliminar da estação foi concluído, ou seja, já está determinada a inclinação e a altitude da órbita da ROSS. O próximo passo, continuou, será a criação dos projectos preliminares de todos os seus módulos separadamente, processo que será realizado em duas etapas.
“A primeira etapa inclui o módulo de ciência e tecnologia, o módulo central junto com o módulo airlock e o módulo base para a acomodação da tripulação. Essa é a espinha dorsal da estação. A segunda etapa são os três módulos dedicados. Um deles é a plataforma de manutenção”, explicou a engenheira em entrevista à Sputnik.
Não há ainda um calendário para o início da construção da ROSS, no entanto os media russos indicam que a primeira etapa do projecto poderá ter início entre 2025 e 2026, e a segunda fase deverá ser iniciada entre 2030 e 2035.
Um dos diferenciais da ROSS em relação a ISS, segundo a engenheira, é que a estação russa não contará com presença humana permanente, podendo receber tripulantes apenas duas vezes por ano. Por outro lado, a estação deverá também fornecer uma visão mais ampla sobre o planeta e uma visão completa da Rússia que actualmente, refere, não é totalmente visível a partir da ISS.
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