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As autoridades do Botsuana informaram ter concedido licença à Starlink para operar no país, cerca de quatro meses após rejeitar o licenciamento e quase uma semana após o Zimbábue, país vizinho, ter aprovado a entrada deste serviço de Internet via satélite da SpaceX. Com este passo, o Botsuana torna-se o 12º país africano a licenciar o serviço.
Segundo avança a Bloomberg, o Presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, pediu aos reguladores que acelerassem a aprovação da licença concedida, o que deverá ocorrer dentro de duas semanas.
“Após a reunião (com a SpaceX) decidi imediatamente concordar com o licenciamento da Starlink no país (…). Dei-lhes (aos reguladores) duas semanas para acelerar isso e eles (SpaceX) já receberam uma licença”, disse.
A concessão da licença à Starlink ocorre poucas semanas após o Presidente Mokgweetsi Masisi ter mantido encontro com executivos da SpaceX em Dallas, durante a 16ª Cimeira Empresarial Estados Unidos – África, no qual a empresa de Elon Musk manifestou interesse em obter uma licença para operar no país da África Austral.
Durante esta cimeira, refira-se, o Presidente da República de Angola, João Lourenço, também manteve um encontro com a vice-presidente de operações comerciais da Starlink e directora da SpaceX para a África, Lauren Dreyer, com quem abordou a possibilidade da empresa tecnológica realizar negócios em Angola.
Os detalhes da conversa entre as autoridades angolanas e a SpaceX não foram revelados, entretanto realça-se o facto de ter participado no encontro o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
Com este anúncio, sobe para 12 o número de países africanos que têm já licenciado o serviço de Internet da SpaceX. Apesar disso, a Starlink só se encontra em operação em oito países, estando os restantes quatro (Serra Leoa, Gana, Zimbábue e agora o Botsuana) à espera da conclusão da criação das condições necessárias para o efeito.