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O serviço de Internet via satélite de órbita baixa da Starlink tem agora luz verde para operar no Chade, país africano localizado no centro-norte do continente e um dos menos conectados em termos de fibra óptica.
O anúncio, feito pelo ministro das Comunicações, Economia Digital e Digitalização Administrativa do Chade, Boukar Michel, e confirmado pelo CEO da SpaceX, Elon Musk, eleva para 16 o número de países africanos onde a Starlink tem autorização para operar, incluindo Zimbábue, Nigéria, Moçambique, Malaui, Madagascar, Benin, Sudão do Sul, Eswatini, Serra Leoa e Cabo Verde.
Starlink now available in Chad! https://t.co/mzr5YQWKFl
— Elon Musk (@elonmusk) November 11, 2024
O objectivo do licenciamento da Starlink no Chade é similar ao de outros países: melhorar o acesso aos serviços de Internet no país. Entretanto, segundo o ministro, há uma particularidade, porque “uma grande parte do território não é coberta por fibra óptica”.
“Acredito que a Starlink nos ajudará a preencher essa lacuna”, disse Boukar Michel à Reuters, salientando que um melhor acesso à Internet permitirá que o Chade digitalize os serviços públicos em áreas remotas e impulsione o desenvolvimento de startups de base tecnológica.
À semelhança de muitos países africanos, o Chade está a ritmo lento na expansão das conexões de Internet de banda larga. Segundo dados do Banco Mundial, em 2022 apenas 12,18% da população do Chade tinha acesso à Internet, num território com 1.284.000 km² e que à data contava 17,72 milhões milhões de habitantes.