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A marcha dos números dita um cenário assombrador da área, apesar de ter registado um aumento considerável em 2016. Dívidas altas dos utentes também contribuem para o quadro.
Por: Feliciana Miguel
A rede de telefonia fixa continua a perder clientes desde 2015, com base nos dados do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) para a área. Se em 2014 existiam 287.416 subscritores, equivalente a 822.250 linhas instaladas, este número representava 1,11% do mercado. 2016 foi o ano em que os números cresceram, se olharmos para os dados do supervisor. 304.493 subscritores utilizavam o serviço, que representava 1,11%, ao passo que existiam 924.566 linhas instaladas.
Fonte: INACOM
O percentual de subscritores manteve marcha lenta depois de 2016, ao que os números ditam que até ao 3° Trimestre de 2022, última amostra do supervisor, apenas 118.490 empresas e pessoas utilizavam os serviços da rede fixa, sendo que estavam ligadas 817.370, o equivalente a 0,36%. Mas este cenário não teve início em 2014 o engenheiro Kleber da Cruz aponta isto.
O especialista em electromecânica, disse que a temática da descontinuidade da rede fixa no País é uma situação que tem ocorrido desde os meados do ano 2010, uma pouco por conta da introdução da tecnologia da fibra óptica em Angola.
No entanto, o roubo de cabos, principalmente de cobre que representam 90% da infra-estrutura de telefonia fixa, é uma das causas que impedem a continuidade do fornecimento da rede fixa pela principal e maior rede de Angola, a Angola Telecom.
Fonte: INACOM
Conforme o engenheiro, a nível das províncias, a Angola Telecom ainda tem fornecido serviços de telefonia para alguns clientes residenciais e empresariais, uma realidade que já não se encontra em Luanda.
“A maior parte da rede está desactivada e sem planos para sua reactivação pela vulnerabilidade da mesma e pelo preço alto de reposição do material” referiu.
Entretanto, actualmente o serviço de telefonia fixa esta ser instalada por novas tecnologias como o SipTrunk e o Voip com os clientes empresariais de novos provedores que têm usado para mitigar a situação.
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