O CEO e fundador do grupo Africell, Ziad Dalloul, concedeu nesta terça-feira (19), uma entrevista ao Rest of World, organização internacional de jornalismo, onde teceu as suas ambições para o mercado angolano, tendo referido que a Africell não vai actuar como uma fornecedora de produtos e serviços móveis em um sentido transacional tradicional, mas sim como uma plataforma digital na qual muitas outras actividades habilitadas por tecnologia se tornam possíveis.
“As operadoras móveis em África precisam ser plataformas digitais e não comerciantes de cartões SIM”, referiu Ziad Dalloul.
Sobre as oportunidades nos marcados africanos, Ziad Dalloul referiu que as características demográficas e económicas de muitos países africanos os tornam lugares perfeitos para ir com uma mentalidade disruptiva, e Angola é um bom exemplo. É um país grande e enérgico, com um sector de telecomunicações que ainda não acompanhou suas ambições. A concorrência e os investimentos limitados resultaram em serviços não confiáveis, preços altos e clientes insatisfeitos. Em contextos como esse, novos operadores inovadores que não carregam a bagagem do passado e abordam os consumidores em um nível mais autêntico podem ser bem-sucedidos.
Ziad Dalloul, CEO e fundador do grupo Africell – Créditos: D.R
Para conquistar os clientes, o CEO do Grupo Africell refere que, o que os clientes desejam acima de tudo é a capacidade de se comunicar sem interrupções. E eles não querem sentir que estão a pagar demais.
“Nos vinte anos de experiência da Africell, aprendemos que usar uma rede construída por nós, do zero, cria bases mais fortes do que comprar ou tentar converter activos pré-existentes. Isso nos deu flexibilidade para expandir a cobertura de acordo com nossa própria estratégia e nos permitiu investir em novos equipamentos conforme a demanda”, avançou.
Ziad Dalloul fundou a Africell em 2001 e foi lançada primeiro na Gâmbia antes de expandir para Serra Leoa, Uganda e República Democrática do Congo. No dia 07 de Abril, a Africell começou as suas operações em Angola tornando-se na quarta operadora de telefonia em duas décadas.
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