Ndilu João 
O apelo foi feito pelo presidente da Associação Nacional do Ensino Particular (ANEP), António Pacavira, durante a 2ᵃ edição do Forum Tecnologia e Educação que realizou-se em Luanda de 6 a 7 de Dezembro. Segundo António Pacavira, actualmente, para poder atender as expectativas do estudante, o professor deve capacitar-se tecnologicamente, pois, refere, esta é a geração dos nativos digitais.
“Se não prepararmos o nosso conhecimento não sobreviveremos. Para efectuar as mudanças no modelo de ensino, é necessário ter em consideração o perfil do professor e capacitá-lo para que o mesmo possa utilizar adequadamente a tecnologia que lhe é proposta,” afirmou.
Abordando o tema “Metodologias activas-STEM e STEAM” António Pacavira considerou ser importante e urgente a adopção de um novo modelo de ensino, e incentivou a implementação de disciplinas sobre robótica, programação e outras do sector tecnológico desde o ensino primário.
“Os planos curriculares a nível mundial mudaram nos últimos anos e criou-se o ensino STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), este é o modelo que se usa em países desenvolvidos,” disse.
De acordo com o Presidente da ANEP, não é possível em 2023 não se implementar a tecnologia nos planos curriculares. O sistema educativo deve gerar oportunidades e criar leis regulamentares para o regime de aulas híbridas no ensino geral para a massificação do uso de recursos tecnológicos.
António Pacavira afirma também que a adopção de soluções tecnológicas no ensino trará vários benefícos como: maior engajamento dos estudantes, acesso a vários recursos educativos, aumento da eficiência administrativa, melhoria do controlo da assiduidade dos programas curriculares, melhoria na relacção entre o aluno e o professor e melhoria na comunicação entre a escola e os encarregados de educação.
Realizado pela Chimuma Comunicação em colaboração com o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, o Forum Tecnologia e Educação é um evento que reúne gestores educacionais, professores, pesquisadores, estudantes, empresários, corpo diplomático, representantes de educação de embaixadas acreditadas em Angola e profissionais de organizações públicas e privadas ligadas à tecnologia e educação, para discutir sobre o futuro da educação e tecnogia em Angola.
