Angola adere à organização de padronização de códigos de barras

Angola adere à organização de padronização de códigos de barras
Após ter concluído, em 2023, a primeira fase da criação do código de barras angolano, a comissão técnica responsável pela implementação do código de barras de Angola viu ser aprovada a adesão do país ao sistema de normas globais de identificação e codificação de bens e serviços, gerido pela Global Standard 1, sediada em Bruxelas.
 
A adesão foi aprovada na semana passada durante a assembleia geral da Global Standard 1, realizada na Itália, avança o semanário Expansão, citando fontes ligadas à futura Global Standard 1 Angola, que juntará várias empresas que operam no país para a criação do código de barras nacional. 
 
Angola dá assim o primeiro passo para a criação da associação de direito privado e sem fins lucrativos, que representará no país o Sistema Global GS1. Aprovada a adesão, o processo terá agora de ser validado legalmente, contudo, sublinha o semanário, “o passo dado é considerado “muito importante” neste processo.
 
Segundo o CEO da National Distilers e presidente do Conselho de Administração da futura associação de direito privado que vai representar a GS1 em Angola, Farid Bouhamara, o processo entrará agora na fase de oficialização da associação.
 
“O projecto GS1 não se circunscreve apenas à criação de códigos de barras. Quanto às etapas do processo, iremos agora iniciar a fase de oficialização da nova organização que irá gerir o projecto em Angola, em articulação com as normas estatutárias da GS1 Global. A fase de geração dos códigos de barras, entre outras actividades, terão início após a conclusão da criação da associação”, disse, citado pelo semanário.
 
A criação do código de barras angolano permitirá que os produtos e serviços com origem em Angola tenham identidades próprias, permitindo igualmente maior rastreio dos bens produzidos a nível nacional. O semanário enfatiza que a falta de um código de barras angolano tem forçado as empresas exportadoras a utilizarem códigos de países como a África do Sul, Namíbia, Brasil e Portugal, fazendo com que o produto deixe de ter a origem nacional.
 
Farid Bouhamara prevê que a implementação do código de barras angolano trará muitos benefícios à economia nacional, contribuindo para a transformação do contexto industrial, comercial e de serviços, com uma maior capacidade de afirmação das indústrias, dos produtos e serviços na rastreabilidade e implementação de soluções integradas e padronizadas “que vão seguramente traduzir-se em aumentos dos níveis de produtividade, redução de custos, maior competitividade e maior fiabilidade da informação que irá permitir tomadas de decisão de forma mais assertiva”.

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