Angola é dos países africanos mais interessados em criptomoedas em 2023, quem o diz é o CoinGecko, baseando-se no seu mais recente estudo sobre os níveis de interesse dos países africanos em criptomoedas. De acordo com o estudo, o país teve um interesse em criptomoedas avaliado em 1.41% de 1 de Janeiro a 4 de Julho de 2023.
Apesar de mínimo, este nível de envolvimento coloca Angola na 8ª posição do top 15 dos países africanos mais interessados em criptomoedas em 2023.
Como esperado, a Nigéria lidera a lista dos 15 países mais interessados em criptomoedas, com 66.78% de interesse demonstrado, seguida pela África do Sul (8.36%), Marrocos (5.43%), Gana (5.24%), Egipto (2.74%), Costa do Marfim (2.07%), Uganda (1.59%), Angola (1.41%), Argélia (0.82%), Tunísia (0.60%), Quénia (0.59%), Namíbia (0.56%), Ilhas Maurícias (0.52%), Botsuana (0.39%), Ilhas Seicheles (0.39%).
O interesse por criptomoedas em África considerando as regiões do continente
A análise comparativa entre as regiões do continente mostra que a África Ocidental é a região mais interessada em criptomoedas, com 74,7% de interesse, seguida pela África do Norte (10,0%) e África Austral (9,6%).
Continuando, a África Oriental representa (3,8%) e a África Central, região onde se encontra Angola, apresenta 1,9% de interesse, sendo estas as regiões com o menor interesse e participação em criptomoedas no continente neste ano.
Criptomoedas continuam sem regulamentação em Angola
Ao falar das criptomoedas em Angola, é importante recordar que estes activos ainda não possuem alguma regulamentação sobre a sua utilização no país. Contudo, em 2022 o então administrador do Banco Nacional de Angola (BNA), Pedro Castro e Silva, adiantou às instituições bancárias que o banco central não tinha nada que proibia a utilização da tecnologia blockchain, a mesma que sustenta as criptomoedas.
Já no início deste ano, o ex-governador do BNA, José de Lima Massano, admitiu que o banco central tem interesse em criar as condições básicas para a emissão de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC, na sigla inglesa) ao longo deste mandato. No entanto, o BNA conta nesta altura com um novo corpo directivo e não se sabe ao certo qual é a possibilidade do novo governador e a sua equipa levarem esta intenção adiante.