458
A cidade de Luanda subiu 90 lugares no índice da classificação global das startups, ocupando este ano a pontuação global de 485, no universo de mais de 1.000 cidades avaliadas, segundo o relatório anual da Startup Blink.
O estudo, denominado Índice Global do Ecossistema de Startup 2024, coloca a capital angolana na 1ª posição do índice da Região Central de África, estando entre as 7 cidades destacadas no relatório pela sua performance, no total de mil cidades analisadas.
Angola entrou pela primeira vez neste índice em 2021, tendo ocupado, na altura, a posição 115 entre os países, tendo a cidade de Luanda ficado pela posição 952, conforme a análise do estudo em referência.
Desde então, o país registou um movimento frenético e vibrante do ecossistema local, tendo consolidado essa classificação com o tempo. Em 2022, subiu mais 18 lugares na sua classificação como país, perfilando na posição 97, e, enquanto cidade, cresceu mais 321 lugares, ascendendo para a posição 631. No índice de 2023, Luanda obteve a posição 575.
O Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), refere que este resultado “sinaliza a assertividade da posição do INAPEM”, enquanto entidade promotora da estratégia de desenvolvimento de um ecossistema de empreendedorismo e inovação cada mais vez robusto, competitivo e atractivo, quer a nível interno e externo.
“Estas acções resultam, igualmente, de dois estudos internos realizados nos últimos três anos, pelo INAPEM, os quais visaram, dentre outros, diagnosticar os principais factores inibidores no ecossistema para implementar programas que respondam eficazmente aos desafios identificados quer ao nível da capacitação dos empreendedores, quer no que diz respeito ao acesso ao financiamento/investimento, obedecendo a lógica progressiva para, assim, tornar o ecossistema mais adequado e receptível ao lançamento e sobrevivência das Startups e de projectos empreendedores disruptivos”, destaca.
Para consolidar estas iniciativas, o INAPEM sublinha que tem estabelecido diversos protocolos com entidades congéneres nacionais e internacionais, parceiros públicos e privados, interessados no fomento do ecossistema das startups angolanas.
Neste sentido, prossegue, a promoção de actividades como o Angola Startup Summit, a formulação das bases primárias com vista a elaboração da futura Lei das Startups, o estabelecimento da Rede Nacional de Incubadoras, o apoio institucional que fomentou a criação da Associação Angolana de Startups e Empreendedorismo Digital (AASED), constituem exemplos de algumas das reformas em curso com vista a melhoria contínua da qualidade do nosso ecossistema de startups.
Adicionam-se a estes exemplos o apoio a eventos regulares conectados ao ecossistema e que têm uma projecção internacional estabelecida, como é o caso do PALOP Innovation Awards e do Annual Innovation Summit (AIS), assim como a recente participação da startup angolana ANDA no Annual Investment Meeting (AIM), realizado no Dubai, no Emirados Árabes Unidos, onde esta sagrou-se vencedora do concurso de Pitch.