A deputada da Assembleia Nacional (AN), Idalina Valente, defendeu neste último sábado (11), em Manama, no Reino do Bahrein, a necessidade de se implementar uma legislação digital, para combater o mau uso das redes sociais, assim como para diminuir os casos de crimes cibernéticos que têm ocorrido com muita frequência em Angola.
Falando para a imprensa à margem do “Fórum das Mulheres Parlamentares”, Idalina Valente assegurou que a pretensão da AN não é cortar a liberdade de expressão nem colocar em causa a democracia, pelo contrário, o que se pretende, reforçou, é incentivar o uso correcto das redes sociais, de modo que seja possível evitar ou diminuir os crimes que têm afectado diversas pessoas e instituições.
“Não é o cortar da liberdade de expressão, mas o defender dos direitos humanos, em particular o das mulheres que são as mais atingidas pelo mau uso das redes sociais. Queremos ainda evitar os danos que o mau uso das redes sociais provoca às pessoas, instituições e às organizações”, precisou.
Segundo a Angop, a deputada reconheceu que as redes sociais podem oferecer muitos benefícios aos utilizadores. No entanto, disse, quando são usadas para difamar, caluniar ou ferir a integridade de alguém podem provocar, entre outros danos, a morte da pessoa lesada.
Durante o fórum, Idalina Valente abordou também sobre outras questões relacionadas, por exemplo, à liderança e resiliência das mulheres, ao bem-estar social, combate às alterações climáticas e aos efeitos da seca.
O “Fórum das Mulheres Parlamentares” realizou-se em paralelo com a 146ª Assembleia Geral da União Interparlamentar, que decorre de 10 a 15 de Março, em Manama, no Reino do Bahrien. Além da deputada Idalina Valente, a representar Angola esteve também a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e as deputadas Arlete Chimbinda e Albertina Felisberto.