Ferreira Manuel 
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Ao todo, estima-se que o hacker tenha movimentado 570 milhões de dólar norte-americano em Binance Coin (BNB) da rede BNB Smart Chain, ligada à Binance, a maior correctora de criptomoedas do mundo em volume de negociação. Entretanto, a correctora esclareceu que não se tratou propriamente de um ataque cibernético à sua blockchain, pois os activos roubados são da rede BNB Smart Chain, que faz parte do ecossistema da Binance, mas não tem ligação directa com o funcionamento da correctora.
“Houve uma exploração que afectou a ponte de cadeia cruzada nativa entre a BNB Beacon Chain (BEP2) e BNB Smart Chain (BEP20 ou BSC), conhecido como BSC Token Hub. Um total de 2 milhões de BNB foi retirado. A exploração ocorreu por meio de um sofisticado forjamento da prova de baixo nível em uma biblioteca comum”, informou a correctora em um comunicado datado de 7 de Outubro, data do incidente.
Conforme o comunicado, os activos foram interceptados do software BSC Token Hub, que funciona como uma ponte entre dois sistemas e que possibilita a transacções de criptomoedas que trafegam internamente na rede BNB Chain. Apesar do valor total movimentado (570 milhões), os dados da BNB Chain indicam que as perdas reais terão sido muito inferiores, na ordem dos 100 a 110 milhões de dólares, dos quais 7 milhões de dólares já haviam sido congelados.
À CNBC, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, esclareceu que a blockchain do BNB, a moeda nativa da correctora, não foi hackeada, reiterando que o ataque ocorreu no software BSC Token Hub. “Já vimos muitos ataques como esse na indústria. Ainda existem falhas por descobrir, mas a blockchain em si não tem problemas”.
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