O projecto de construção da maior usina de dessalinização de água do mar em Ceará-Fortaleza, Brasil, tem sido motivo de embate entre o governo do Ceará e as operadoras de banda larga e Data Centers. As operadoras afirmam que, com a construção deste projecto, há risco de interferir no normal funcionamento dos cabos submarinos que ligam o Brasil à internet e o resto de sistemas de cabos espalhados pelo mundo.
De acordo com o Ministério das Comunicações, o local escolhido para a referida obra, é ponto de chegada de 17 cabos, local de passagem de 99% do tráfego da internet do Brasil e atende países vizinhos e o continente africano, o que faz com que seja o segundo maior hub do mundo de sistemas ópticos submarinos, atrás apenas de Marselha, na França.
Luiz Henrique Barbosa, presidente executivo da TelComp, entidade que representa as operadoras queixosas, refere que, “a obra pode gerar um apagão de internet no país porque não está se colocar uma usina onde tem um cabo, mas onde tem um hub todo! Hoje, ninguém pensa em chegar com internet no Brasil por outro caminho que não seja o de Fortaleza”.
Em face dessa situação, o governo do Ceará afirma que não há mais como mudar o local da obra e que não há qualquer risco; já as empresas dizem que se não houver relocação há um risco de “apagão” de internet no país.
Vale referir que a operadora nacional, Angola Cable, tem desde 2018, operação do SACS, cabo submarino de quatro pares de fibra óptica e capacidade de transmissão de 40 Tbps que liga o Brasil (Fortaleza) a Angola (Luanda), que operando de forma integrada com o cabo Monet vai do Brasil aos EUA, enquanto que o WACS liga a costa da África à Europa.
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