O programa Conversas 4.0, reuniu para o debate de hoje (17), profissionais como: Américo Victorino — assessor para Área Técnica do Gabinete do Presidente do Conselho de Administração do Instituto Geológico de Angola; Alves Junior — Engenheiro de Reservatório de Petróleo; Paulo Tanganha — Consultor do PCA do Instituto Geológico; e Kiesse Canito — Coordenador do Tech21 África, para em torno do tema, falarem das suas experiências e realidades face ao período em que vivemos.
Sob moderação de Adilson Almeida, tomou voz o Assessor Américo Victorino, que falava a partir de Moçambique, e fez saber que o seu país ainda não é um exemplo na questão do uso das TIC para o sector da mineração mas, chamou a atenção para a importância da adopção da tecnologia 4.0 para automatizar vários processos, optimizar a segurança e compartilhar dados em tempo real.
“Usando a tecnologia 4.0 pode-se automatizar vários processos, principalmente na planificação das minas. Nós podemos fazer o mapeamento de todas as minas; usar Data Analitycs para minimizar erros e compartilhar imagens“, disse.
Na sua abordagem, Paulo Tanganha fez saber que o Instituto Geológico tem contribuído para o sector da mineração, fazendo recurso às novas tecnologias para área da pesquisa, sem estar envolvido na área da extração nem beneficiamento.
“Quiçá, nos próximos tempos, nos integremos mais nas duas áreas finais. Relativamente à pesquisa, acabamos por fazer algum levantamento que obrigou-nos a investir em tecnologia”. Foi feito, a nível do Instituto, um levantamento em termos de mapeamento geofísico, geológico, e geoquímico através de um laboratório, com softwares de processamento, de armazenamento e de disponibilização de informação, e ainda dispomos de um WebGis Online”, disse.
Por sua vez, Alves Júnior considera haver uma necessidade urgente de se integrar tecnologia no Ensino Superior.
“Deve haver a integração de tecnologia no Ensino Superior, na componente de Geociência e Geominas, a nível do país, por que apresentam debilidades sérias, uma vez que para Geociência, o conhecimento do Geoprocessamento é a base”, disse.
Ainda sobre a mineração 4.0, Kiesse Canito falou sobre a possibilidade da melhoria operacional. “Nós sabemos que as mineradoras actuam num conjunto de operações muito concretas e todo esse processo envolve também um nível de produtividade muito acentuado. Por isso, a inteligência artificial e a internet das coisas são muito importantes por que se trata de um sector muito propenso à riscos.
Um dos problemas também apontados pelos especialistas é a fraca capacidade financeira que as universidades africanas têm, para a implementação da tecnologia capaz de responder às necessidades do ensino da Geociência.
O programa Conversas 4.0 acontece todas as Terças-feiras, as 10horas, na Luanda Antena Comercial (LAC). A edição de hoje vai merecer uma continuidade no Facebook do Tech21 África, pelas 19horas, sob moderação de Alcino Camota e convidados como: Paulo Ricardo — Director Geral Bosch Angola; Cláudio Rosa — Director de Infraestrutura nas Ondas Projectos e Inovação; Américo Victorino — Assessor Para Área Técnica do Gabinete do Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Geologia em Angola e Alves Júnior — Engenheiro de Reservatório de Petróleos.
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