No próximo exercício económico, o Estado angolano prevê desembolsar 277,7 milhões de kwanzas, equivalentes a 304,5 mil dólares, à luz da taxa de câmbio média actual do Banco Nacional de Angola (BNA), para a gestão dos serviços da nuvem governamental, apontam dados disponíveis no Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025.
Os dados observados pelo Portal de T.I no OGE 2025, descritos na ‘dotação orçamental por programa detalhado’, indicam que o programa “Serviços da Administração Pública Migrados para a Nuvem Governamental Unificada”, fazem parte das pretensões do Executivo para melhoria da prestação dos serviços tecnológicos ao cidadãos angolanos.
A despesa com os serviços da nuvem governamental unificada faz parte dos dois novos projectos inscritos na rubrica de “Expansão e Modernização Das Comunicações”, com o orçamento avaliado em quase 230 mil milhões Kz (251,5 milhões de dólares).
Na carteira global de projectos do Executivo na rubrica “Expansão e Modernização Das Comunicações”, o montante previsto para fazer face às despesas com os “Serviços Da Administração Pública Migrados para a Nuvem Governamental Unificada” faz parte dos programas com menos dotação de verbas. Dito doutro modo, o valor reservado para o programa (277 milhões Kz) nem chega a 1% do gasto total da rubrica (230 mil milhões Kz).
Cerca de 90 milhões USD para Nuvem Nacional de Angola
No início do ano passado, o Executivo anunciou que seriam gastos 89 milhões de dólares para construir a infra-estrutura da Nuvem Nacional de Angola, formar técnicos e armazenar e unificar serviços governamentais.
Na cerimónia de apresentação do projecto, enquadrado no memorando de entendimento entre o Governo de Angola e a multinacional Presight, rubricado em 2021, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário de Oliveira, disse que, com a concretização da infra-estrutura, o Executivo pretende promover o desenvolvimento digital da economia nacional, uma melhor perceção do cidadão sobre a governação e eficiência governativa, aproximando mais os cidadãos das acções governativas, cultivar talentos locais no uso das tecnologias da informação e comunicação e serviços de nuvem, bem como estabelecer uma base para a transformação digital em toda a indústria angolana.
Já o diretor-geral do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), André Pedro, sublinhou na ocasião que, com a nuvem governamental, o Estado pretende reduzir ao máximo um problema que os cidadãos registam quando se deslocam a algumas instituições do Estado e até privadas, da falta de sistema, para o fornecimento de serviços.