A afirmação foi feita pela instrutora da Academia Cisco e engenheira de Electrónica e Telecomunicações, Aríete Figueira, e pela CEO da Comunidade Feminina de Tecnologia de Informação de Angola e engenheira de Computação, Silayne Silva, durante uma sessão de entrevista por correspondência, na qual comentaram que a baixa representatividade feminina no ecossistema tecnológico pode tornar o ambiente desfavorável para as mulheres que desejam ingressar neste mercado de trabalho.
Segundo as engenheiras, embora a participação feminina no mercado de T.I tenha aumentado, a pouca diversidade de género neste segmento faz com que muitas mulheres enfrentem diversos desafios, incluindo a discriminação, assédio sexual, diferença salarial e a falta de oportunidades iguais, bem como o facto de terem de trabalhar duas vezes mais para serem reconhecidas.
Para Aríete Figueira, que também é formadora no Centro Integrado de Formação Tecnológica, a superação desta diferença passa por criar programas e acções específicas que promovam a valorização da mulher nos mais variados domínios da sociedade. Além disso, acrescentou, deve haver maior incentivo dirigido às meninas e mulheres, para que elas se sintam encorajadas a estudarem e seguirem carreiras ligadas à tecnologia, ciência e engenharia.
Por sua vez, Silayne Silva apontou a desmistificação de estereótipos, a criação de política de igualdade de género nas empresas, a oferta de mais oportunidades e a igualdade salarial como algumas das medidas que podem ser tomadas para aumentar a presença das mulheres nas áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação.
As engenheiras reconhecem que já há um número significativo de mulheres e meninas a se formarem nestas áreas, no entanto, consideram que há ainda um longo caminho a se percorrer, para garantir que tanto os homens quanto as mulheres tenham as mesmas oportunidades no sector de T.I.