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O Executivo tenciona gastar 32,3 mil milhões de kwanzas, correspondestes a 35 milhões de dólares norte-americanos, à luz da taxa de câmbio do Banco Nacional de Angola (BNA), com o programa de melhoria da posição do país no Índice Global de Cibersegurança, apurou o Portal de T.I na proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE), na rubrica ‘dotação orçamental por programa detalhado’.
Contas feitas com base no documento compilado pelo Ministério das Finanças (MINFIN) revelam que, de maneira geral, o montante que o Governo pretende alocar para cobrir as despesas com o referido programa registou um “corte” de 54% face ao valor inscrito no orçamento de 2025, sendo que, nesse período, a verba foi fixada em 70,5 mil milhões Kz (76,4 milhões USD).
Apesar da ‘queda’ acentuada da verba atribuída à melhoria da posição do país no Índice Global de Cibersegurança, a verba continua no ‘top 3’ do conjunto despesas inscritas no programa de ‘Expansão e Modernização das Comunicações’ do Governo.
No global, o Executivo quer desembolsar, no próximo exercício económico, 159,2 mil milhões Kz (172,6 milhões USD) para modernizar e alargar as comunicações no território nacional.
De acordo com a proposta do OGE 2026, a verba para melhorar a posição de Angola no Índice Global de Cibersegurança ocupa a terceira posição dos gastos com comunicações, representando 20% do total a ser canalizado.
Embora o Governo pretenda diminuir o montante para avanços no segmento de segurança digital, os últimos dados colocam o país num nível vulnerável a ataques. Por exemplo, no relatório da Check Point, denominado “Estado da Cibersegurança em 2025”, Angola surge entre os países de alto risco em matéria de ameaças cibernéticas.
Segundo o referido relatório, os sectores da educação e saúde se tornaram os alvos preferenciais de hackers em campanhas de roubo de dados sensíveis.



