A conclusão vem expressa no último relatório da consultora Ernst & Young (EY), o qual aponta igualmente a adopção de novas tecnologias digitais e a escassez de profissionais qualificados como outros principais desafios dos gestores de cibersegurança em Angola.
O estudo, aplicado a organizações dos sectores financeiros, petróleo e gás, energia e telecomunicações, refere que 41% das empresas inquiridas afirmam que a sua maior preocupação está voltada à protecção dos dados dos clientes e segurança dos dados financeiros.
A pesquisa destaca também a dificuldade dos responsáveis de cibersegurança em justificar o investimento que deve ser feito na referida área, notando que apenas 38,5% das empresas em Angola investem em cibersegurança, concretamente na conformidade, resiliência, privacidade e protecção de dados.
“É preocupante que um dos maiores desafios reportados seja o de conseguir definir e justificar o orçamento da área, o que ilustra um risco grave para as organizações”, disse o responsável de cibersegurança da EY para Portugal, Moçambique e Angola, Sérgio Sá, citado no relatório.
Para dar respostas a esses desafios, a EY aconselha a elaboração de políticas de segurança de informação e destaca a importância de integrar os riscos cibernéticos na gestão geral de riscos, criar um comité de cibersegurança e implementar ferramentas de detecção de vulnerabilidades e ameaças cibernéticas.