Decorreu, nesta Quarta-feira (18), uma conferência sobre transformação digital, realizada pela revista Economia e Mercado, com o objectivo de se avaliar o Impacto da Pandemia da Covid-19 na Aceleração Digital, na perspectiva dos serviços financeiros e comércio.
A conferência teve lugar na sala de convenções do Hotel Epic Sana, em Luanda e reuniu para debate que teve dois formatos (virtual e presencial), especialistas como José Nunes, administrador da Asseco PST; Helder João, Director de Tecnologias da CETIM; Jorge Cipriano, Coordenador do Comité de Projectos e Investimentos Futuros da MSTelecom; João Ceita, Director de Desenvolvimento de Novos Negócios do BAI; Doutora Sílvia Nazaré Pires, Directora de Desenvolvimento de Negócios da EMIS; Daniela Martins, Directora Comercial da DHL Express, Bernardo Corte Real, Responsável pelo Marketing da NCR Angola.
No decorrer da conferência, que esteve dividida em dois painéis, foi oportuno perceber os desafios trazidos pela pandemia e sem se ignorar ainda, os constrangimentos trazidos pela mesma doença que, aproximou as pessoas ao ambiente digital, de um modo muito exponencial; e no segundo painel, serviu para se perceber sobre a realidade do comércio eletrónico e os meios de pagamentos.
O administrador da Asseco, Doutor José Nunes, admitiu que, no decorrer da pandemia, o sector financeiro não teve “vida fácil”, pelo que trouxe um retrocesso às formas tradicionais de prestação de serviço, porém, admitiu que a componente digital trouxe vantagens para a banca, destacando a importância do desenvolvimento de uma economia local e global mais forte e inclusiva.
Na sua intervenção, o Engenheiro Helder João falou sobre os riscos da aceleração digital, apontando Angola como campo fértil para o crime cibernético, devido a fragilidade das empresas em não adoptarem sistemas de segurança nos seus dados. “Os crimes cibernéticos na banca acontecem todos os dias e as empresas não revelam por uma questão de exposição das suas fragilidades”, disse.
Ainda no sistema de digitalização bancária, reforçou o Engenheiro Helder João que, há que se levar a literacia digital às pessoas antes de as colocar perante as transformações que a revolução industrial traz. O Engenheiro Pinto Leite, que teve participação virtual à conferência, acrescentou que a aposta na digitalização passa pela aposta do capital humano.
O Engenheiro Jorge Cipriano fez saber que, o mundo tecnológico inclusivo comporta alguns elementos como: Digitalização (que está cabimentada em um processo); Decepção (que está cabimentada em resistência por parte de quem recebe); Disrupção (que está cabimentada no processo de desconstrução); Desmonetização (que está cabimentado ao processo de acesso a circulação); Desmaterialização (consubstanciado no processo de digitalização) e por fim a democratização (que está ligada à inclusão).
O fórum também serviu para se fazer análise das políticas de inclusão e a necessidade de reinvenção das empresas para o sector tecnológico.
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