Joaquim Cassicato 
O Secretário-Geral da União Africana de Telecomunicações (ATU), João Omo, desafiou nesta terça-feira (21) governos e a indústria a irem além da simples expansão da cobertura de rede.
Falando durante o Congresso Mundial de Telefonia Móvel GSMA 2025 (MWC25), que decorre em Kigali, Omo defendeu que a prioridade deve ser a criação de uma “conectividade significativa”, que se traduza em benefícios sociais e económicos tangíveis para as populações.
A mensagem central de Omo foi clara: “a conectividade só importa quando é inclusiva, acessível e relevante para a vida das pessoas”.
O dirigente sublinhou que, apesar dos avanços significativos no alargamento da cobertura móvel no continente, o verdadeiro desafio reside em assegurar que esta infra-estrutura seja verdadeiramente útil e transformadora, ultrapassando barreiras como o preço e a falta de relevância local.
Noutro painel do evento, que abordou sobre Políticas de Espectro Inclusivo, o Secretário-Geral aprofundou as condições necessárias para atingir este objectivo. Omo salientou a necessidade urgente de se criarem quadros regulatórios que reflitam as realidades específicas da implantação de redes em zonas rurais.
Em declarações que ecoaram o tema central do MWC25, Omo reiterou o compromisso da ATU em colaborar com os seus Estados-membros, os reguladores nacionais e os parceiros do sector privado, com o objectivo de unir esforços para impulsionar a agenda de transformação digital de África.
