Joaquim Cassicato 
O sistema de cabos submarinos Medusa, que pretende ser o mais longo do Mediterrâneo, foi oficialmente recebido na Líbia, marcando um passo importante no reforço da conectividade digital do país após anos de conflito.
De acordo com a imprensa local, o projecto que também está expandir conexões em outras partes de África, tem como objectivo melhorar a velocidade e a qualidade da Internet em cidades líbias como Trípoli, Misrata e Bengazi.
A cerimónia de inauguração ocorreu em Misrata, com a presença de autoridades locais, incluindo o presidente da Autoridade Reguladora de Comunicações e Informação da Líbia. A operadora Libyan United International for Telecommunication and Technology (LPTIC), responsável pelo desembarque do cabo no país, destacou que a infra-estrutura trará maior estabilidade e capacidade para a rede líbia.
O projecto, disse a holding LPTIC, é um salto quântico no sector de telecomunicações, pois conecta a Líbia aos maiores provedores de serviços de Internet do mundo e dará suporte a aplicativos de quinta geração, data centers e computação em nuvem.
Relactivamente ao projecto Medusa Africa, com o financiamentos da Comissão Europeia que contribuirá com cerca de 14,3 milhões de euros, pretende conectar mais países do Oeste Africano, como a República Democrática do Congo e o Gabão, reforçando a rede de cabos submarinos no continente.
Com 8.700 km, o cabo Medusa terá 17 pontos de aterrissagem na Argélia, Chipre, Egipto, França, Grécia, Itália, Líbia, Marrocos, Portugal, Espanha e Tunísia quando começar operações no início de 2026.
