O governo de Angola assumiu nesta quarta-feira (10) o controlo absoluto dos domínios nacionais com a raiz .ao e todos subdomínios derivado dessa raiz, cujo processo de actualização suspendeu temporariamente nos últimos dias os serviços de registo, renovação e gestão de configurações de domínios nacionais, nomeadamente .ao e o co.ao.
Durante o lançamento do ccTLD angolano, presidido pelo ministro Mário Oliveira, o director do INFOSI, André Pedro, disse que no passado dia 27 de Junho, Angola foi homologada internacionalmente pela IANA, organismo internacional que tutela a Internet a nível do mundo, como sendo um ccTLD soberano com todas sub zonas que anteriormente estavam sob tutela de um ccTLD internacional.
“Doravante todos os domínios do mundo com a terminação .ao deverá indicar a República de Angola”, disse.
Até ao momento do lançamento do novo Core System, Angola era tutelada por um ccTLD internacional, sem que no entanto tivesse uma soberania digital como tal. A título de exemplo, apenas a zona AO estava sob a tutela do governo de Angola, enquanto que, das sub zonas que configuram o domínio de Angola, quatro delas não estavam sob a tutela do governo de Angola.
O director do INFOSI garantiu que, com o lançamento do novo Core System do ccTLD de Angola, uma infra-estrutura tecnológica alojada e gerida em Angola, que pela primeira vez adopta o protocolo EPP (Extensible Provisioning Protocol ) e de forma maioritariamente automática, assegura que Angola se mantenha alinhada com as melhores práticas internacional, provendo um ecossistema digital robusto e seguro.
Relativamente a interoperabilidade técnica, o ccTLD angolano utiliza o protocolo EPP para a gestão de registos de domínio, facilitando a interoperabilidade com outros ccTLD e apresenta vantagens como, facilidade de transferência de domínio que não existia no modelo de ccTLD anterior, transacção quase sem latência e em tempo real, nova forma única de Registrars que se integram de forma simplificada com a zona AO, entre outras.