A sede da União Africana (U.A) foi alvo de um ataque cibernético massivo que comprometeu mais de 200 dispositivos, resultando na interrupção não programada dos sistemas informáticos da organização intergovernamental constituída por 55 países. Os dados mantidos na nuvem foram considerados seguros, entretanto até ao último sábado a equipa responsável pela “purificação” ainda não os tinha conseguido acessar.
“O ataque cibernético massivo comprometeu vários activos de T.I no nosso data center, tornando serviços e aplicativos inacessíveis. O ataque também comprometeu vários dispositivos de usuários, tanto laptops quanto desktops, o que exigiu o desligamento de toda a rede do campus para evitar mais danos a sistemas e dispositivos saudáveis”, informou a vice-presidente da Comissão da União Africana (C.U.A), Monique Nsanzabaganwa, por via de um comunicado citado pela imprensa etíope.
No documento, Monique Nsanzabaganwa informa também que o ataque iniciou no dia 3 Março, sem no entanto precisar quando a infracção foi identificada e paralisada, referindo apenas que o acto foi seguido de uma interrupção preventiva dos sistemas. Contudo, alguns funcionários da U.A revelaram no sábado (11) que estavam já há uma semana sem conseguir utilizar os seus e-mails de trabalho nem a internet.
“Eu não conseguia aceder às minhas contas de e-mail e fazer as tarefas online. Vários funcionários também estão em casa porque não têm acesso. Há departamentos que sobreviveram ao ataque, mas poucos funcionários conseguem aceder ao sistema online da organização, disse ao semanário The Reporter um funcionário da U.A sob anonimato.
A origem do ataque ainda não é clara, com a chefe da Comunicação da C.U.A, Wynne Musabayana, não confirmando nem negando a ocorrência do incidente. Apesar disso, sabe-se por meio do coordenador do Centro de Media da U.A, Molalet Tsedeke, que a instituição continua a enfrentar problemas no sistema de T.I.
Enquanto equipa da C.U.A e as partes interessadas trabalham para restaurar a normalidade dos serviços afectados, a equipa responsável pela gestão do sistema de informação da instituição pediu aos funcionários que recorressem a hotspots móveis ou dongles de internet para se conectarem aos sistemas que ainda funcionam, de modo a minimizar as dificuldades. Segundo o semanário, os dispositivos comprometidos continuam a ser examinados e limpos numa instalação fora da sede da U.A.
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