A edição desta terça-feira (13), do programa conversas 4.0, trouxe como tema “Segurança Pública e as Novas Tecnologias”. Assunto que na realidade angolana, segundo António Pinto da NCR, é vista como algo importante para uma boa qualidade de vida.
“Em Luanda temos o CISP que trata das câmaras de vigilância nas artérias da cidade, mas também temos o mar para o controle das embarcações tais como: contrabando, drogas e etc, e as tecnologias na gestão do trânsito que em cidades como Londres e Pequim fazem um controle intensivo disto. Em suma, nos últimos anos os drones vieram ajudar no controle e vigilância de bairros de difícil acesso para as autoridades, como acontece em favelas no Brasil, que é bastante importante no combate ao crime”, destacou o técnico de TI.
Já o criminólogo Wilson Inocêncio, vê a possibilidade de melhorar esta tecnologia em Luanda face ao nível de criminalidade que aumenta cada vez mais.
“Há maior abrangência de segurança na via pública, e hoje, em termos tecnológicos, já temos o rastreio de telefones, e digamos que Angola já está um pouco avançada neste sentido, porque muitos de nós, já fazemos o uso de GPS nos carros.
Claro que devemos ser pioneiros na CPLP, E como a polícia deve se preparar? É formar quadros nas melhores faculdades”, salientou Wilson Inocêncio, considerando que o país vive uma revolução, cujo objectivo agora é incentivar as empresas a investirem neste segmento.
“O nosso futuro prevê uma possível guerra mundial cibernética, e é necessário que o Estado crie uma política que incentive a nova geração. Por mim, a nossa polícia não tem aptidões para falar se existe ou não um programa de formação. Não é somente termos a tecnologia, é necessário o ‘Know How Técnico’ e as vezes a Polícia Nacional é exemplo disso. Porque compramos equipamentos e carros de tecnologia de ponta mas morrem em pouco tempo por falta de manutenção e voltamos outra vez a investir”, opinou o criminólogo que no debate desafiou o mestre cabo-verdiano em computação, Érico Fortes, a mostrar o seu projecto em Angola, que é a Prime Botics – empresa de construção de drones para fins agrícolas e pequenos robôs para fins educacionais, e actua como parceiro da ONU e do governo de Cabo Verde.
“Temos que ver o exemplo do Érico Fortes, e vermos qual a possibilidade de ele vir em Angola e mostrar o que sabe fazer. Deixando também um apelo ao inspector de drones, Denilson Pombal (o outro convidado), do porquê a Polícia Nacional não realizar workshops e ir às faculdades e falar aos estudantes do quão fascinante são os drones”, sugeriu Wilson Inocêncio.
“É importante consciencializar esta geração que existem soluções para aumentar a nossa segurança pública, e eles podem participar porque são a quarta geração da revolução industrial. Temos que ter o nosso ‘Silicon Valley’ e já é a altura de termos liderança nos PALOP “, concluiu.
O programa conversas 4.0 acontece todas as terças-feiras, das 10 as 11horas, na LAC ( Luanda Antena Comercial), sob moderação de Edilson Almeida, e tem uma extensão em live, a partir das 19 horas do mesmo dia, no Facebook do Tech 21 Africa.
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