Fausta Afonso 
A Partech Africa, fundo de capital de risco dedicado às startups de tecnologia em África, divulgou o seu relatório sobre o “Capital de Risco Tecnológico em África”, no qual revela que o ecossistema tecnológico africano registou um forte desempenho económico em 2022, tendo arrecadado um total de 6,5 biliões de dólares em financiamento.
Ao todo, 28 países atraíram financiamento de capital em 2022, no entanto, Angola não aparece entre eles. O relatório aponta a Nigéria, a África do Sul, o Egipto, o Quénia e o Gana como os principais destinos de investimento em África. Quantitativamente, a Nigéria arrecadou 1,2 bilião de dólares em capital; a África do Sul, o Egipto e o Quénia atraíram, cada um, mais de 0,7 bilião de dólares e o Gana conseguiu cerca de 0,2 bilião de dólares em financiamento.
O continente africano atraiu um total de 1.149 novos investidores que, segundo o sócio-geral da Partech, Tidjane Deme, decidiram investir em tecnologias emergentes que contribuem para o desenvolvimento e resiliência de África.
“O ano de 2022 foi particularmente desafiador para o ecossistema de risco em todo mundo, pois os investidores reduziram os seus investimentos. No entanto, o nosso relatório revelou que o ecossistema tecnológico africano mostrou grande resiliência, pois mais investidores dobraram o seu compromisso com o continente, investindo em equipas locais e fundos dedicados ao mercado”, disse.
Com sede em Dakar, Senegal, a Partech Africa organiza anualmente um relatório sobre capital de risco tecnológico em África, com o objectivo de identificar investimentos feitos em startups que usam a tecnologia em vários sectores, incluindo educação, mobilidade, finanças e saúde.
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