Ferreira Manuel 
Cerca de 12 meses após arrecadar 170 milhões de dólares em financiamento, tornando-se no primeiro unicórnio em África, a fintech nigeriana Flutterwave, especializada em processamento de pagamentos, tornou-se na startup mais valiosa do continente, após ter levantado recentemente um investimento de 250 milhões de dólares.
Entre os financiadores destacam-se a B Capital Group, uma empresa de capital de risco pertencente ao co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin, e a Whale Rock Capital Management, um fundo de hedge sediado em Boston, EUA.
A startup, fundada pelos nigerianos Olugbenga Agboola e Iyinoluwa Aboyeji, em 2016, é agora avaliada em cerca de 3 bilhões de dólares. Em reacção, o CEO da Flutterwave disse que o investimento captado dá à startup o suporte necessário para cumprir com os seus planos e fornecer a melhor experiência para os seus comerciantes e clientes em todo o mundo.
“Estamos muito satisfeitos que os investidores tenham acreditado em nós e na nossa história e que invistam os seus recursos nessa direcção. Este último financiamento, demonstra que alguns dos principais investidores mundiais acreditam tanto no nosso modelo de negócio, como na nossa equipa e no mercado tecnológico africano.” Acrescentou Olugbenga Agboola.
A Flutterwave é uma das principais startups a surgir no continente berço, tendo sido também uma das pioneiras no sector de pagamento entre pequenas e grandes empresas a nível de África, sobretudo aquelas que procuram converter a sua presença online em vendas.
Actualmente, a startup está presente em África, na Europa e América, e conta com uma capaciade de processamento de 200 milhões de transacções, no valor de mais de 16 bilhões de dólares, o que é um crescimento significativo quando comparado com os 140 milhões em transacções, no valor de mais de 9 bilhões de dólares anuais, anunciados em maio de 2021.
Até Março de 2021, contabilizavam-se, em todo mundo, 290 mil empresas que utilizavam os serviços de processamento de pagamento da Flutterwave, em 150 moedas. Hoje esse número subiu para 900 mil empresas. É caso para dizer que a startup nigeriana, mais do que liderar o sector no continente, está a fazer história.
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