Ferreira Manuel 
O alívio das restrições impostas em Março último pelo governo chinês, em resposta à subida dos casos de Covid-19, já começa a se refletir no descongestionamento da cadeia de suprimentos electrónicos. A maior fabricante mundial destes produtos, Foxconn, admite mesmo que o segundo trimestre de 2022 está a ir “em uma melhor direcção” que o primeiro, marcado por complicações na cadeia de suprimentos, o que levou o mercado a retrair-se.
“Estamos bastante confiantes na estabilidade de nossa cadeia de suprimentos para o segundo trimestre deste ano”, disse nesta terça-feira Liu Young-way, presidente da Foxconn, durante a reunião anual dos accionistas da empresa.
As restrições anunciadas em Março do corrente ano pelo governo chinês, para a cidade de Shenzen, levaram a Foxconn a decretar o encerramento de duas das suas principais fábricas, o que vinha causando vários constrangimentos à tecnológica.
“Um carro que custa dezenas de milhares de dólares não pode ser enviado por causa de um chip minúsculo que vale cinquenta centavos. Isso tem sido uma dor para nossos clientes”, lamentou o presidente da Foxconn.
Apesar das restrições terem afectado directamente a parte da produção, por ter obrigado os funcionários das empresas situadas em Shenzen a trabalharem em “circuito fechado”, a tecnológica observa que a procura pelos seus produtos na China também diminuiu, pois as pessoas em toda a cidade se mantêm confinadas em casa. Uma situação que a empresa espera ver mudada com o alívio das restrições.
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