Iniciou hoje, em Luanda, a quarta edição da Angola Innovation Summit, um evento sobre inovação e tecnologia realizado pela H2i com a parceria do Portal de T.I, que promove a consciencialização sobre a inovação tecnológica como factor-chave para competitividade das organizações, modernização dos mercados e para o desenvolvimento económico e social.
Para oficializar o início das actividades, o evento contou hoje com a presença do secretário de Estado para a Economia, Ivan dos Santos, que proferiu o discurso de abertura desta edição. Durante a sua intervenção, o responsável saudou a iniciativa e destacou que Angola encontra-se em num intenso movimento de diversificação económica que tem a inovação como um elemento de potenciação deste processo.
“O mundo está em constante transformação e a maioria dela é movida pela ciência e pela inovação tecnológica. Angola está num intenso movimento de diversificação económica e, desde 2017 como nunca, o país encara a diversificação da economia nacional como uma questão necessária, urgente e vital. Por isso, o nosso Plano de Desenvolvimento Nacional () – 2018 – 2022 foi estruturado pelo Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI),” começou por dizer o secretário.
Créditos: Benilson Filipe
Segundo o responsável, este programa conseguiu prover as bases sobre os elementos essenciais para garantir o crescimento desejado, acelerado e significante da economia nacional, entre os quais destaca-se a educação e a inovação tecnológica.
“Com este programa aprendemos que, para que a nossa economia cresça a um ritmo desejado, acelerado e significante, é necessário que o capital humano esteja preparado às necessidades do mercado, para tirar todas as vantagens do mercado e utilizar o motor da inovação como potenciação da diversificação económica, nem que seja, pelo menos, para tirar proveito da evolução tecnológica que o mundo hoje já persegue,” continuou.
Por esta razão, explica, o Plano de Desenvolvimento Nacional – 2023 – 2027 baseia-se em três pilares essenciais: 1º — capital humano, que está assente à educação e à inovação tecnológica; 2º — infra-estruturas e 3º — diversificação económica, que inclui o agro-negócio, uma área que sendo uma das principais apostas deste plano de desenvolvimento certamente vai precisar de 3 a 4 vezes mais tecnologia para o seu desenvolvimento.
Considerando que a inovação e a tecnologia são desafios e oportunidades globais, esta edição, que se estenderá até o dia 24 de Junho, mantém o compromisso de contribuir activamente para a potencialização do ecossistema de inovação nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, em geral, e em Angola, particularmente.
Neste primeiro dia, foram temas de destaque “Tendências Globais e Dinâmicas de Mercado” — que teve como prelector o ex. vice-Primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas; “O papel da inovação para a diversificação económica” — que juntou entidades do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, PNUD Angola, Banco Africano de Desenvolvimento e INAPEM; as “Tecnologias Emergentes: Desafios e Oportunidades para África” — que foi abordado por representantes da Tech21Africa e Angola Cables; e “A Tríade da Digitalização da Economia: Pessoas, Empresas e Estado”, moderado por Seidou Ndolumingo, CEO do Portal de T.I.