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A Meta anunciou o “Projeto Waterworth”, o seu mais ambicioso empreendimento de cabo submarino de comunicação até à data, que se estenderá por mais de 50 mil quilómetros de extensão e interligará os EUA, o Brasil, a África do Sul, a Índia e outras regiões. A ideia, segundo a empresa, é desbloquear o potencial global da inteligência artificial (IA) com infra-estrutura submarina de última geração.
Uma vez concluído, o “Project Waterworth”, de 24 pares de fibras, será o maior do mundo, superando o cabo submarino 2Africa, também liderado pela Meta.
Para efeitos comparativos, o cabo submarino 2Africa tem o mesmo número de pares de fibras que o “Projeto Waterworth”, mas é inferior ao novo projecto em extensão, pois se estende apenas por 45 mil quilómetros, interligando a África, Europa e Ásia.
“O Projeto Waterworth será um investimento multibilionário e plurianual para fortalecer a escala e a confiabilidade das rodovias digitais do mundo, abrindo três novos corredores oceânicos com a conectividade abundante e de alta velocidade necessária para impulsionar a inovação em IA ao redor do mundo”, pode ler-se no comunicado.

Regiões abrangidas pelo cabo “Waterworth” – Créditos: Meta
A Meta refere que vai implementar um novo modo de roteamento que permitirá a instalação do novo cabo submarino em profundidades de até 7 mil metros de profundidade, ou seja, 2 mil metros a mais do que o cabo submarino Marea, lançado em 2017 pela Microsoft e a Meta (então Facebook), localizado a 5 mil metros de profundidade.
No “Projeto Waterworth” a Meta diz que utilizará técnicas de enterramento aprimoradas em áreas de falhas de alto risco, como águas rasas perto da costa, para evitar danos causados por âncoras de navios e outros perigos.
A tecnológica liderada por Mark Zuckerberg acredita que com o “Projeto Waterworth” será possível garantir que os benefícios da IA e de outras tecnologias emergentes “estejam disponíveis para todos, independentemente de onde vivam ou trabalhem”.