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De acordo com o ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, a plataforma de “Segurança Empresarial e Gestão de Ameaças” (SEGA) vai certificar e incentivar a adopção das práticas de cibersegurança nas empresas.
Mário Oliveira, que discursava hoje na abertura do 2º Fórum de Governança da Internet em Angola, destacou que o lançamento da plataforma está para breve, estando nessa altura em “preparação e num estágio bastante avançado”. Este projecto, salientou, “insere-se nos esforços para garantir uma Internet que, apesar de aberta e acessível, seja segura e sustentável para todos”.
Segundo o ministro, o surgimento da plataforma de “Segurança Empresarial e Gestão de Ameaças” permitirá obter um sistema flexível de certificação para as empresas, adaptável à dimensão e ao grau de maturidade digital de cada entidade, garantindo que nenhuma fique excluída por falta de recursos ou conhecimento.
“A certificação centrar-se-á em pilares fundamentais, nomeadamente: controlo de acessos e autenticação, encriptação de dados e gestão de riscos”, esclareceu Mário Oliveira.
A iniciativa, referiu o ministro, prevê também a atribuição de um selo de reputação digital emitido pelo Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI) para comprovar o compromisso das empresas com a segurança online.
“Esse reconhecimento com certeza trará benefícios competitivos, como acesso a programas de apoio e benefícios financeiros, uma vez que demonstrará a responsabilidade e a solidez da empresa ou instituição na esfera digital”, afirmou.
Por ora, referiu, o ministério está a trabalhar no processo de elaboração do Pacote Legislativo das Tecnologias de Informação e Comunicação, bem como da Estratégia Nacional de Cibersegurança que, segundo o ministro, estará disponível em breve para consulta pública.

André Pedro – director do INFOSI – Créditos: Raimundo Mbya
O 2º Fórum de Governança da Internet em Angola decorre sob o lema “Por uma Internet Segura, Inclusiva e Sustentável”. O lema desta edição tem o foco na segurança, inclusão e sustentabilidade, porque, segundo o director do INFOSI, André Pedro, já muito se fez em relação à conectividade e é chegada a hora de complementar a “segunda parte”, relactiva ao conhecimento.
Para o director do INFOSI, a garantia da inclusão não resulta somente da disponibilização de dispositivos, conectividade e serviços de Internet, mas também da introdução do elemento conhecimento neste processo. O responsável observou que “de nada serve as pessoas terem telemóveis sofisticados e Internet em abundância se não forem educadas para uma utilização responsável destes recursos”.
Realizado pelo INFOSI, o Fórum de Governança da Internet em Angola, cuja primeira edição foi realizada em Fevereiro de 2024, tem como missão central a criação de um espaço inclusivo e multissectorial, para o diálogo sobre as políticas de acesso, desenvolvimento e segurança no domínio digital.