OGE2025: governo prevê gastar mais de 70 mil milhões Kz para melhorar posição no Índice Global de Cibersegurança

OGE2025: governo prevê gastar mais de 70 mil milhões Kz para melhorar posição no Índice Global de Cibersegurança
No exercício económico 2025, o Executivo pretende desembolsar 70,5 mil milhões de kwanzas, equivalentes a 77,4 milhões de dólares, à taxa de câmbio média actual do Banco Nacional de Angola (BNA), para melhorar a posição de Angola no Índice Global de Cibersegurança.
 
Essa intenção do Governo está ‘estampada’ na proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025 na ‘dotação orçamental por programa detalhado’. De acordo com a nossa observação, o valor para fazer face aos desafios da cibersegurança do país representa a segunda maior fatia no leque de despesas previstas no programa de ‘Expansão e Modernização das Comunicações’ do Executivo.
 
Comparativamente ao OGE de 2024, o montante a ser alocado para alterar a posição de Angola no índice de cibersegurança registou um crescimento significativo. Só para ter uma ideia, no ano OGE do ano em curso, o valor reservado para essa despesa fixou-se no ‘ínfimo’ 2,3 mil milhões Kz (2,5 milhões de dólares), tendo sido incrementado 68,2 mil milhões Kz (74,8 milhões de dólares) na dotação orçamental para esse fim no próximo exercício económico.
 
Objectivamente, o Governo pretende injectar 229,3 mil milhões Kz (251,8 milhões de dólares USD) para modernizar as comunicações no país, sendo 30% desse montante canalizados para melhorar o quadro de Angola no Índice Global de Cibersegurança. No OGE vigente, por exemplo, o Executivo só prevê gastar pouco menos de 7,4 mil milhões Kz (cerca de 8 milhões de dólares).
 
Este ano, recorde-se, Angola ficou apenas um patamar acima do nível de desempenho mais baixo do Índice Global de Cibersegurança (GCI). Nesse índice elaborado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada das Nações Unidas para as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), verificaram-se sérios desafios a nível técnico, organizacional e de desenvolvimento de capacidades ou recursos humanos no país, tendo sido concluído que Angola está pouco preparada para ataques cibernéticos.

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