Ferreira Manuel 
De acordo com a OpenAI, o novo modelo de inteligência artificial (IA), denominado GPT-4, pode ser aplicado em sistemas de criação de conteúdo como chatbots, tradutores, assistentes digitais e sistemas de sumarização de conteúdo, podendo também gerar conteúdos a partir de imagens e textos.
O GPT-4 é uma evolução do GPT-3.5, implantada inicialmente no ChatGPT. A OpenAI admite mesmo que o novo modelo supera o anterior em termos de raciocínio e outros aspectos, além da capacidade multimodal já referida, que lhe permite gerar conteúdos a partir de imagens.
Por exemplo, o GPT-3.5 instalado no ChatGPT é limitado a respostas de até 3 mil palavras, enquanto o GPT-4 consegue fornecer respostas de mais de 25 mil palavras. A OpenAI explica também que as avaliações permitiram concluir que o GPT-4 tem 82% menos probabilidade de responder a solicitações de conteúdo proibido e 40% mais chances de produzir respostas factuais do que o seu antecessor.
Outro diferencial prende-se ao facto do novo modelo permitir que os utilizadores alterem o estilo da conversa, ou seja, o GPT-4 pode, por exemplo, mudar a conversa baseada em perguntas e respostas para uma conversa ao estilo socrático, em que o chatbot responde às perguntas com outras perguntas, bem ao estilo filosófico.
Contudo, apesar de poder desafiar as habilidades humanas, a ferramenta não é perfeita e ainda carece de muitas melhorias. Alguns pontos negativos do GPT-4 são os mesmos já identificados no GPT-3.5, tais como a dificuldade em fornecer respostas sobre factos ocorridos após Setembro de 2021, preconceitos sociais e a incapacidade de aprender com a experiência.
“O GPT-4 ainda tem muitas limitações conhecidas que procuramos resolver, como preconceitos sociais, alucinações e alertas adversários. Incentivamos e facilitamos a transparência, a educação do utilizador e uma alfabetização mais ampla em IA à medida que a sociedade adota esses modelos. Também pretendemos expandir as possibilidades de contribuição das pessoas para moldar os nossos modelos,” refere a OpenAI.
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