A OsapiCare, uma HealthTech sediada em Luanda, desenvolveu uma solução tecnológica baseada em inteligência artificial (IA) capaz de interpretar imagens microscópicas utilizadas em unidades hospitalares. Os objectivos, segundo os responsáveis pelo projecto, passam por compensar o défice de técnicos imagiologistas em hospitais, reduzir o tempo de espera pelos exames laboratoriais e atenuar os erros de diagnósticos, contribuindo desta forma para a melhoria do sistema nacional de saúde.
Para a materialização destes objectivos, a OsapiCare tem desenvolvido um software denominado “Akin”, capaz de avaliar imagens microscópicas, identificando os glóbulos vermelhos infectados por parasitas em cada amostra. Ao Portal de T.I, Denilson Padre, um dos fundadores do projecto, fez saber que a próxima meta é aumentar a capacidade de análise do “Akin”, que ainda é um protótipo, tornando-o num banco de dados com várias amostras sanguíneas locais, para melhorar a sua capacidade de detecção de parasitas típicos de Angola.
“O Akin aprende por meio de dados, ele recebe imagens para treinar e aprender a reconhecer parasitas. O software foi treinado com dados da China e Coreia do Sul, levando-o a estar pouco familiarizado com amostras angolanas. Por essa razão, temos agora como objectivo a expansão da sua capacidade de análise, construindo o primeiro banco de dados de imagens microscópicas com amostras de pessoas angolanas, para acostumá-lo à amostras dos principais tipos de parasitas locais,” referiu.
No mesmo sentido, a startup pretende também aumentar a capacidade de diagnóstico do “Akin”, para que este seja capaz de determinar com maior precisão a concentração dos parasitas no sangue do paciente, a sua tipologia e o seu estágio de desenvolvimento no organismo. Este processo deverá exigir, no entanto, um esforço maior da startup, algo que a OsapiCare espera minimizar com o estabelecimentos de parcerias institucionais e não só.
“O software ainda é um protótipo e para poder dar passos mais significativos, tais como reconhecer o tipo de parasita na amostra e o estágio de desenvolvimento, a OsapiCare está à procura de parcerias com o pessoal da área médica, de preferência analistas clínicos e imagiologistas. Precisamos de mais informações sobre o trabalho destes profissionais,” disse Denilson Padre, acrescentando que “o software a ser desenvolvido precisa ser submetido a vários testes com imagens médicas e microscópicas vindas de todo o país, para passar com sucesso na fase de treinamento e atingir um alto nível de eficiência nos diagnósticos, o que significa que também buscamos por parcerias institucionais a nível do sector saúde,” concluiu.
Fundada em 2022 por Denilson Padre, Ivanny Kaley, Guilherme Pereira, Ciro Agostinho, Heraldo Barreira e Gildo Ndozidiano, a startup OsapiCare é a primeira seleccionada da nossa campanha para a promoção de projectos inovadores voltados ao sector tecnológico. Mais informações sobre este projecto podem ser obtidas pelos seguintes canais:
E-mail: osapicare@gmail.com| Telemóvel: +244923324239/954044906| LinkedIn: OsapiCare| Website: OsapiCare|