Ferreira Manuel 
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O Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda, em construção no distrito urbano da Maianga, vai facilitar o fomento de actividades ao nível da propriedade intelectual e do desenvolvimento da ciência e tecnologia em Angola, garantiu nesta quarta-feira (10) o coordenador do Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, Ricardo Queirós, durante a visita do Presidente da República, João Lourenço, às instalações.
Durante a visita, que serviu para constatar o avanço das obras, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, fez saber que a infra-estrutura estará concluída no segundo semestre de 2025.
O parque tem um foco tecnológico multissectorial e visa contribuir para a melhoria do ecossistema nacional de investigação científica, desenvolvimento e inovação, assim como na diversificação económica e crescimento socio-económico do país.
O coordenador do Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia informou que a infra-estrutura vai beneficiar directamente os estudantes da Faculdade de Engenharia e de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, bem como o Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), a Agência Reguladora de Energia Atómica e o Centro Nacional de Investigação Científica.
Os beneficiários indirectos, referiu, são as empresas que vão utilizar os edifícios em construção e os estudantes que tenham ideias e queiram criar empresas de base tecnológica.
Ricardo Queirós disse ainda que o Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda é parte do Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, devendo apoiar, por isso, na instalação de laboratórios em 18 escolas secundárias, formação de mais de 100 professores e 54 metodólogos, assim como na criação de bases de dados de propriedade intelectual e de gestão de dados científicos.
O projecto vai garantir, por outro lado, 155 bolsas de estudo em pós-graduação, no Brasil e em Portugal, e outras 850 para meninas de famílias carenciadas que frequentem o ensino secundário, além de patrocinar 40 programas de investigação científica.
O Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda ocupa 60 mil metros quadrados e inclui, além da reabilitação dos edifícios existentes, a construção de nove edifícios que deverão albergar a administração do parque tecnológico, a incubadora de empresas, espaço para centros de investigação e empresas consolidadas, biblioteca, auditório para 250 pessoas, escritórios, restaurante, área comercial e estufa.
