Após a Meta decidir alterar temporariamente a política das suas redes sócias (Facebook e Instagram), de modo a permitir a incitação de ódio contra militares russos e publicações que peçam a morte do Presidente Vladimir Putin, as autoridades iniciaram um processo judicial contra a empresa norte-americana, apelando que a justiça russa considere a Meta como uma organização criminosa.
De acordo com o Comité Russo de Investigação, que acusa a Meta de organização extremista, a decisão da empresa fundada por Mark Zuckerberg viola os artigos da lei criminal contra as manifestações públicas para actividades extremistas na Rússia.
“Estas acções da direcção da Meta não só formam uma ideia de que a actividade terrorista é permissível, como têm o objectivo de incitar o ódio e a inimizade direccionados aos cidadãos da Federação Russa. Foi assim instaurado em tribunal uma acção para reconhecer a Meta como uma organização extremista e proibir as suas actividades na Rússia”, disse.
O departamento das Nações Unidas para os direitos humanos também considera a decisão da Meta como preocupante.
“É um assunto muito preocupante porque tem um certo risco de gerar e encorajar, assim como permitir o discurso de ódio que é direccionado aos russos no geral”, disse a porta-voz das Nações Unidas, Elizabeth Throssell, citada pela Reuters.
Importa referir que o Facebook tem 7,5 milhões de utilizadores na Rússia, o Instagram tem 50,8 milhões e o WhatsApp 67 milhões. Números suficientemente preocupantes quando considerada a tensa situação que se assiste na Europa do Leste desde 24 de Fevereiro deste ano, após o início do que a Rússia chama de “Operação Militar Especial” na Ucrânia.
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