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O ganho gerado a partir das principais actividades da Unitel, descontadas as despesas operacionais, caíram para 8,1 mil milhões de kwanzas em 2023, representando uma queda de 82%.
Segundo avança o semanário Expansão, citando o relatório do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) relactivo a 2023, a queda deve-se essencialmente ao crescimento dos custos operacionais que atingiram os 14% no ano passado.
Os aumentos dos custos operacionais devem-se essencialmente às subidas nas amortizações, de 46,6 mil milhões em 2022 para 72,1 mil milhões de kwanzas em 2023, e ao crescimento de “outros custos e perdas operacionais”, que passaram de 114,9 mil milhões para 138,8 mil milhões de kwanzas em 2023.
A Unitel justifica as amortizações com os investimentos feitos em 2022 que começaram a ser pagos em 2023. Os “outros custos e perdas operacionais” referem-se sobretudo ao aumento dos custos em subcontratos, o que inclui “custos com manutenção preventiva e correctiva da rede de telecomunicações e plataformas de suporte”, custos com tráfego de interligação, e custos com o aluguer de circuitos de transmissão, bem como custos relacionados com serviços de call center, que conjugados viram um aumento de 22 mil milhões de kwanzas em 2023.
Apesar dos maus resultados operacionais, a operadora registou um aumento de 34,6 mil milhões de kwanzas nos lucros em 2023, correspondendo a um crescimento 2%. Contudo, conforme observa o semanário, este ligeiro crescimento não se deve à actividade normal da operadora, mas sim ao aumento do resultado financeiro suportado essencialmente pelos dividendos recebidos do BFA, onde a Unitel é o accionista maioritário com 51,9% das acções.