Num dia como este, imagine que estava a participar num webinar e ficou sem energia eléctrica, ficando consequentemente sem conectividade (serviço de internet cabo/wi-fi).
Imagine agora que não tem um «plano B» para energia eléctrica, ou seja, não tem um gerador para continuar vivo na live e tenha de se socorrer dos dados mobile. Já lhe aconteceu?
A «internet» aparece aqui como o big brother. Não no conceito psicossocial de uma espécie de entidade abstracta que tem acesso a tudo o que fazemos, que recolhe todos os nossos dados e sabe exactamente quando e onde estamos localizados.
Mas sim, no contexto literal da tradução de big brother, ou seja, como «o irmão mais velho» que vem resolver o problema criado pelo irmão mais novo «energia elétrica», e com a sua astúcia vir restabelecer a ligação ao dito webinar.
Numa metáfora hilariante, imaginei uma família tradicional composta por 3 irmãos: o «pão», a «luz» e a «água» todos eles exercendo actividades tremendamente importantes para a nossa subsistência, representando categorias de necessidades vitais sem as quais não poderemos sobreviver. Depois imaginei o quarto irmão, a «internet», aquele irmão divergente que existe em todas as famílias, que optou por estudar no estrangeiro, optou por estudar áreas de conhecimento abstractas, e voltou para casa cheio de ideias inovadoras depois daquilo que viu pelo mundo. A internet não se vê, não se come, não se sente, mas a sua manifestação trouxe coisas fantásticas.
Se me perguntarem o que é a internet, eu diria que é “a internet é um sistema global de redes de computadores interligadas que utilizam um conjunto próprio de protocolos (Internet Protocol Suite ou TCP/IP) com o propósito de servir utilizadores no mundo inteiro. É uma rede de redes, que interliga globalmente milhões de entidades, e que está ligada por uma ampla variedade de tecnologias de rede electrónica, sem fio e óptica.”
Entendeu? (Se sim óptimo) mas, provavelmente não. Como eu e muitos mais.
Para mim é sempre mais fácil entender o que é a internet, não por aquilo que efectivamente é, mas por aquilo que a www. proporciona.
Internet é tipo um passaporte com visto de entrada para todos os países do mundo que te permite viajar para qualquer lugar. Internet é tipo uma biblioteca onde podes obter conhecimento à distância de um click. Internet é tipo um portal teletransporte que te permite encomendar coisas do outro do lado mundo e recebê-las “em casa” sem esforços de mobilidade. Internet é tipo um ponto de encontro onde podes (re)encontrar amigos, fazer trabalho colaborativo ou criar o teu avatar e sociabilizar no digital. Internet é tipo uma caixa-forte que não ocupa espaço físico onde podes guardar os teus documentos, gerir e-money e o teu repositório de memórias (fotografias, vídeos, etc). Internet é tipo o combustível dos tempos modernos, que faz com que tudo o que é tradicional possa ser mais eficiente, e tudo o que é inovador possa se tornar obsoleto no dia seguinte ao go-live.
Resumindo e concluindo, no contexto africano de famílias alargadas, além de «pão», «luz» e «água» queremos também mais… «internet». Tenho dito!
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