Luís Catuzeco José 
Dia 4 de março foi a data do meu aniversário, e vou usar essa efeméride para explorar o conceito de «Marketing Computacional».
Estas foram as mensagens que recebi das prestadoras de serviço das quais sou cliente:
- O meu banco: «O Banco XYZ, deseja-lhe um Feliz Aniversário e que este próximo ano lhe traga paz, amor, saúde e êxito financeiro.»
- A minha seguradora: «Prezado(a) Sr.(a) Luis José, a Seguradora XYZ deseja-lhe um feliz aniversário! Votos de um ano Seguro.»
- A minha operadora móvel: «Terminou o volume do teu plano de net. Para activares, envia SMS para XYZ ou faz uma recarga de dados. Obrigado.»
Eu não estou triste com a minha operadora móvel por me ter “cobrado”, ou melhor, me ter convidado a recarregar o meu saldo, no dia do meu aniversário, pois como se costuma dizer em linguagem popular: «amigos, amigos negócios à parte». Só estou triste por não se terem lembrado que entre os 365 dias do ano, aquele era um dos mais especiais, e eles simplesmente se esqueceram de mim.
É sempre agradável receber felicitações, e no dia do aniversário estamos sempre expectantes em perceber quem irá se irá lembrar de nós. Mesmo que seja um robot ou uma programação do sistema a comunicar connosco, é cada vez mais comum o esforço das empresas em humanizar a sua relação com os clientes, procurando assinalar e estar presente nos momentos marcantes dos seus clientes.
O tal «Marketing computacional» é um campo emergente que usa o poder da computação para auxiliar nas estratégias de Marketing. Regra geral, as actividades online geram enormes quantidades de informações sobre os utilizadores o que permitem aos especialistas em Marketing criar formas personalizadas de se conectar com o utilizador final.
Meio a sério, meio a brincar, eu diria que parabenizar um cliente e ser capaz de acertar com o seu género (feminino ou masculino) na mensagem de feliz aniversário é o mínimo, do mínimo olímpico para o início do Marketing Relacional.
À partida já sabemos que é um computador a falar connosco, mas um «Parabéns Luís» aquece sempre o coração, nem que seja uma mensagem a pagar no destino. Tenho dito!
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