O Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social considera que as notícias falsas, vulgo fake news, são “um vírus muito perigoso” que teima em se instalar na sociedade angolana, e aponta três caminhos para a sua mitigação.
De acordo com Mário Oliveira, que falava à imprensa durante a inauguração de três novos laboratórios de informática em Luanda, a mitigação das notícias falsas, fenómeno que cresceu com o impulso das novas tecnologias, passa pela educação, formação e legislação.
Educação, disse o ministro, porque é necessário ensinar como as ferramentas tecnológicas podem e devem ser usadas em benefício dos jovens e da sociedade.
“Ao instalarmos estas ferramentas tecnológicas nas escolas e as disponibilizarmos aos jovens, estamos a contribuir tanto para a sua educação quanto para a sua formação, de forma a que eles possam usá-las em benefício da sua formação, do seu conhecimento e da sociedade”, explicou.
A legislação, prosseguiu, “para podermos punir” todos aqueles que pretendam e insistam em seguir para o caminho errado”.
Mário Oliveira acredita que a combinação entre educação, formação e legislação permitirá mitigar o problema das notícias falsas no país e destaca: “vamos trabalhar para isso”.
Recorde-se que em Maio de 2023, o director Nacional de Informação e Comunicação Institucional, João Demba, revelou estar em preparação uma legislação para regular a circulação de informação nos media digitais, tendo como alvos a desinformação, as notícias falsas e a pós-verdade.
Na altura, o responsável tranquilizou que o mecanismo, a que denominou “regulamento de mídia digital/mídia online”, não tem por objectivo “disciplinar” a circulação de informação, mas sim de viabilizar uma circulação racional, urbana e responsável da informação nestes espaços virtuais.
“(…) O mecanismo legal, em que podemos citar o regulamento de mídia digital/mídia online, ao ser aprovado pela Assembleia Nacional, dada a sua natureza, certamente produzirá resultados a curto prazo, não no sentido de “disciplinar” a circulação de informação, mas sim da utilização de mecanismos que permitam a circulação de informação de forma responsável, racional, urbana e voltada ao progresso social,” referiu.
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