O Presidente queniano, William Ruto, anunciou o arranque da primeira fase da Konza Technopolis, uma cidade inteligente de classe mundial que pretende redefinir o próximo capítulo da revolução digital do país.
Apelidada de “Savana de Silício” de África, a cidade está projectada para gerar 10.000 postos de trabalho até 2026 e incluir 10.000 habitações inteligentes com um plano de habitação acessível, segundo revelou o CEO da Autoridade de Desenvolvimento Tecnológico de Konza, John Paul Okwiri.
A infra-estrutura desta fase inclui 40 quilómetros de estradas inteligentes, 170 quilómetros de serviços públicos e uma subestação de energia isolada a gás de 120 MW. Destaque também para a primeira unidade de recolha e reciclagem de resíduos sólidos de África, com capacidade para recuperar 90% da água utilizada.
Num gesto simbólico para incentivar a adopção do futuro digital, o próprio Presidente Ruto revelou que se matriculou em aulas de inteligência artificial na Universidade Aberta do Quénia, situada no coração da Technopolis.
“Estamos a construir a maior instituição de ensino digital do Quénia para democratizar a educação e preparar o nosso povo para as oportunidades da era digital”, afirmou o presidente.
O projecto, que representa um investimento total estimado em cerca de 5,6 mil milhões de dólares até 2030, inclui ainda um Centro Nacional de Dados de Nível III e um Centro de Operações Inteligentes com tecnologia de IA para gerir o tráfego e a segurança.
O secretário do Gabinete de Informação e Comunicações, William Kabogo, sublinhou o papel continental do projecto, classificando a cidade inovadora do Quénia como o futuro da tecnologia africana.