A declaração foi proferida pela Decana de Engenharias e Tecnologias do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), Kátia Gabriel, à margem do evento de celebração do Dia mundial da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável.
De acordo com Kátia Gabriel, que falava em exclusivo ao Portal de T.I, há ainda uma fraca representatividade das mulheres na área das engenharias. E apesar de já haver um número significativo de mulheres a se formarem nesta área, muitas delas acabam por exercer outras profissões fora das engenharias. Segundo a Decana, tal deve-se à falta de oportunidades às mulheres para se poderem inserir no sector.
Falando especificamente das mulheres docentes na área das engenharias no ISPTEC, Kátia Gabriel observou também que o percentual das mulheres engenheiras na docência ainda não é satisfatório. A responsável revelou que dos professores que compõem o quadro docente do Instituto, menos de 10% são mulheres.
“Estamos abaixo dos 10% na área das engenharias. Dos cerca de 97 professores que compõem o Departamento de Engenharias, apenas 9 são mulheres. É um percentual muito baixo. Há um número de mulheres formadas nas engenharias, mas poucas, de facto, a exercerem a profissão. Por questões muitas vezes sociais, de alguma discriminação e também por falta de incentivo do ponto de vista familiar”, apontou.
Para se melhorar o quadro, a responsável enfatizou a necessidade de se incentivar as mulheres nestas áreas desde tenra idade, uma necessidade que passa também por trabalhar com as escolas primárias e secundárias, “para mostrar às mulheres que essas são áreas promissoras e que também precisam de mulheres”, concluiu.
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