A operadora de telefonia móvel Unitel planeia financiar 30% do valor da compra de telemóveis importados, sendo necessário para isso que o Executivo angolano isente a empresa do pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e do Imposto de Importação como compensação por esta iniciativa. A informação foi divulgada recentemente pelo director-geral da Unitel, Miguel Geraldes.
Em declarações à revista Economia e Mercado, Miguel Geraldes explicou que o principal objectivo é permitir a aquisição massiva dos telemóveis por parte da população, de forma a facilitar a expansão dos serviços digitais, dando destaque aos esforços da operadora em diminuir a comercialização dos telemóveis com rede 2G no mercado nacional, por entender que estes interferem no processo de inclusão digital.
“Queremos ter a colaboração do governo no sentido dos impostos que são cobrados, nomeadamente o IVA e o Imposto de Importação, sejam isentos para que o acesso seja efectivo. Temos estado em ligação com o governo no sentido de primeiro ser banida a comercialização da telemóveis 2G, vincou.
Segundo o director-geral, na Unitel avalia-se não apenas o preço ou o acesso à Internet, como também a capacidade do telemóvel de instalar aplicações. “Um utilizador pode ter um telemóvel hipoteticamente mais barato e com o acesso à Internet, mas não ter como instalar aplicações. Caso um telemóvel não permita que o sistema operativo instale aplicações, não qualificamos como um telemóvel”, rematou.
Miguel Geraldes defendeu que o processo de digitalização em Angola só será possível com a utilização de telemóveis 4G, embora tenha reconhecido que estes, devido as suas qualificações, são mais caros que os que possuem rede 2G.
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