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O Zimbábue lançou nesta terça-feira (5) o seu segundo satélite, com vista a forçar o programa geoespacial e espacial do país. O satélite foi projectado para a observação da terra e espera-se que melhore as capacidades agrícolas, o monitoramento ambiental, a gestão de desastres e o mapeamento de recursos.
“Este satélite melhorará significativamente nossas capacidades de recolha e análise de dados geoespaciais, marcando um importante passo à frente no avanço tecnológico de nossa nação. O Ministério de Educação Superior e Terciária, Inovação, Ciência e Desenvolvimento Tecnológico tem o prazer de informar que o ZimSat-2 está agora em órbita, e os dados iniciais de telemetria confirmam que todos os subsistemas estão a funcionar de forma optimizada”, declarou em comunicado o Ministério de Educação Superior e Terciária, Inovação, Ciência e Desenvolvimento Tecnológico.
O satélite é um dos três anunciados em Março último pelo ministro das Finanças e Desenvolvimento Económico do Zimbábue, Mthuli Ncube, para melhorar as capacidades de observação da Terra e a infra-estrutura de telecomunicações do país.
A projecção e construção do ZimSat-2 envolveu engenheiros do Zimbábue e estudantes do país na Southwest State University de Kursk, na Rússia, beneficiários do Programa de Bolsas Presidenciais. O feito enfatiza a expertise local e a experiência prática em tecnologia de satélites.
Segundo Mthuli Ncube, a colaboração para a construção de satélites é parte da estratégia zimbabueana para criar, no futuro, uma capacidade humana local capaz de projectar, fabricar, testar e lançar satélites, estabelecer estações terrestres, fazer ligações descendentes e ascendentes de dados, e monitorar e controlar satélites ao longo da sua vida em órbita.
Coordenado pela agência espacial zimbabueana em colaboração com a Southwest State University de Kursk, o lançamento do ZimSat-2 ocorre dois anos após o país posicionar na órbita terrestre o seu primeiro satélite, o ZimSat-1, lançado em Novembro de 2022.