A autoridade sul-africana para a regulação da informação (IRSA, na sigla inglesa) deu início a discussões internas sobre as abordagens a serem adoptadas para regular o ChatGPT, em particular, e a inteligência artificial (IA), em geral, de modo a garantir que estas tecnologias não violem as leis de privacidade de dados naquele país.
O facto foi avançado na última semana pela presidente do órgão regulador, Pansy Tlakula, para quem é imprescindível a criação de uma estrutura regulamentar que permita lidar com as tecnologias emergentes da Web 3.0, considerando as crescentes preocupações sobre os potenciais riscos do ChatGPT e outras tecnologias baseadas em IA, ligadas à violação dos direitos do utilizador, protecção e manipulação de direitos autorais.
“Este é um passo muito importante, pois acredito que daqui para frente, a privacidade dos dados será violada principalmente por meio dessas tecnologias emergentes. Com muitas coisas a acontecerem, estou até com medo e pergunto-me se a regulamentação conseguiria lidar adequadamente com os riscos complexos apresentados por essas tecnologias”, disse a presidente ao ITweb.
Recorde-se que na última semana a Itália tornou-se o primeiro país a suspender temporariamente o ChatGPT, chatbot desenvolvido pela OpenAI com o apoio da Microsoft, por considerar que a ferramenta recolhe dados de forma ilegal e não verifica a idade dos utilizadores, violando as regras de privacidade de dados em vigor naquele país. Sobre o assunto, a OpenAI já se comprometeu a enviar um documento às autoridades italianas, onde apresenta as soluções que respondem às preocupações levantadas.