Quem o diz é a GfK, empresa alemã de estudos de mercado, cujos dados cobrem as vendas ao consumidor final para todos os canais. Segundo o estudo, o iPhone 15 está aquém do seu antecessor na China, o que sugere um revés para a Apple naquele que é o seu maior mercado depois dos EUA.
De acordo com a empresa alemã, o novo modelo da Apple registou uma queda de 6% nas vendas no mês de lançamento, em comparação com o ano anterior. No mesmo sentido, a IDC, que monitora a indústria móvel, estima que as remessas da Apple caíram 4% no terceiro trimestre deste ano. As duas organizações apontam o retorno da Huawei ao mercado como a causa do baixo desempenho da Apple.
“No contexto do forte crescimento da Huawei, a série Apple iPhone 15 registou um declínio de 6% nas vendas. A série Huawei Mate 60 continuará a manter o seu forte impulso de vendas no futuro,” disse Hayden Hou, analista sénior da GfK.
Na última semana, várias plataformas chinesas de comércio electrónico, incluindo JD.com, Pinduoduo e o Taobao, anunciaram uma série de descontos para o iPhone 15, com alguns chegando a até 205 dólares abaixo do preço regular.
O JD.com, por exemplo, está comercializar o iPhone 15 de 512 GB por 7.498 yuans (1,025 dólares), isto representa 1.501 yuans (205,125 dólares) abaixo do preço oficial da Apple de 8.999 yuans (1.229,79 dólares). Questionada sobre o desconto, a empresa disse que está em linha com a estratégia que lançou este ano de oferecer preços baixos.
Na altura, vários analistas disseram à Reuters que o iPhone 15 não tem vendido tão bem na China quanto o seu antecessor, o iPhone 14. No mesmo período, a empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research revelou que as vendas do iPhone 15 na China caíram 4,5% nos primeiros 17 dias após o lançamento, isto em comparação com o desempenho que o iPhone 14 teve no mesmo período em 2022.
A China é um importante mercado para a Apple, sendo o responsável por cerca de 20% das suas receitas. Além da parte financeira, a China também desempenha um papel único na produção de dispositivos da Apple, pois concentra em Zhegzhou o grosso da produção de iPhones em todo mundo, através de empresas como o Foxconn Technology Group.