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A Comissão Interministerial do Programa de Privatizações (PROPRIV) avaliou, na semana passada, o ponto de situação da privatização da Unitel no quadro das alienações em bolsa previstas para 2025, informou em comunicado o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), entidade responsável pelo PROPRIV.
Relativamente ao caso da Unitel, apenas 15% do capital da empresa líder do mercado das comunicações móveis será alienado na Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA), através duma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa).
De acordo com o Despacho Presidencial que autorizou a negociação da Unitel em bolsa, o Governo decidiu reservar 2% das acções para “aquisição, em condições especiais, pelos trabalhadores e membros de órgãos especiais da empresa, nos termos da lei” .
A privatização parcial das ações que o Estado angolano detém na Unitel, maior operadora angolana de telecomunicações, está enquadrada no PROPRIV 2023-2026, programa do Executivo de transferência de activos públicos para a esfera privada.
Em Outubro de 2022, o Executivo angolano nacionalizou a operadora, tendo ficado com as participações de 25% da Vidatel e de 25% da Geni, que a empresária Isabel dos Santos e o general Leopoldino Nascimento “Dino” detinham no capital social da Unitel.
Além da privatização dos 15% do capital da maior operadora de comunicações móveis em Angola, a Comissão Interministerial analisou também o estado de três empresa para negociações em bolsa, nomeadamente Standard Bank Angola (SBA) e Banco de Fomento Angola (BFA), ambas do sector financeiro, e TV Cabo, do sector de telecomunicações.
Segundo o IGAPE, as alienações do SBA e do BFA estão previstas para o final do primeiro semestre.
Em comunicado, o IGAPE refere que, nesta semana, a comissão voltará a reunir-se na para actualizar a lista de activos a privatizar em 2025 e dar continuidade à monitorização da execução do programa, com ênfase na retoma efectiva das unidades já transferidas para o sector privado.