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Chama-se “Mars Rover Nijila” e foi projectado por seis estudantes do curso técnico de electrónica e telecomunicações do Instituto Médio Politécnico da Humpata (IMPH), na província da Huíla. O veículo não tripulado de exploração espacial foi desenvolvido para se mover em terrenos desafiadores, como a superfície de um planeta ou de outro corpo celeste numa missão espacial.
À Angop, o orientador do curso, Alberto Gomes, afirmou que a construção do veículo teve como objectivo fornecer uma visão detalhada da base prática do contexto da implementação e do desenvolvimento de um Rover explorador robótico, capaz de realizar explorações autónomas em terrenos desafiadores, bem como recolher dados científicos.
Este tipo de dispositivos, referiu, desempenham um papel crucial em missões científicas e de pesquisa, especialmente quando a presença humana não é viável. O protótipo foi implantado no Deserto do Namibe para missões de testes e operações, onde serão recolhidos dados científicos e telemétricos para a análise de desempenho em condições reais.
A construção do protótipo envolveu a aplicação de vários componentes e tecnologias como o uso de tubos de alumínio, cano PVC e chapa de aço para o corpo do Rover, bem como cola araldite, motor brushes sensor de hall, micro controlador ESP-32, câmara ICP de 360-Pro, sensor ultra-sónico, mini-servo motor, placa BMP 280 de sistema de gestão de bateria, pilhas de iões de lítio, painel solar e um sistema de comunicação e controlo do veículo.
O veículo, que funciona a base de um comando, foi desenvolvido pelos estudantes Désio Gomes, Evaristo Sally, José Sakanhe, Jandira Nolasco, Loth Solangue e Salomão Domingos. O projecto todo teve um custo total de 670 mil kwanzas.