Fausta Afonso 
A previsão vem expressa em um relatório da McKinsey, empresa de consultoria empresarial americana, no qual se afirma que o crescimento do mercado de fintechs em África será impulsionado pelo aumento do uso de telemóveis, o baixo custo de Internet, a expansão da cobertura de rede, assim como pela existência de uma população jovem, urbanizada e em rápido crescimento.
O relatório explica, no entanto, que este avanço não ocorrerá de forma uniforme em todo continente, notando que o Gana e os países da região da África Ocidental francófona poderão crescer 15% e 13%, respectivamente, seguidos da Nigéria e do Egipto, que crescerão aproximadamente 12%.
Conforme o estudo, os principais mercados para a ascensão das fintechs são a Costa do Marfim, Camarões, Egipto, Gana, Quénia, Marrocos, Nigéria, Senegal, África do Sul, Tanzânia e o Uganda, que juntos representam 70% do Produto Interno Bruto de África. Entre estes países, a África do Sul detém actualmente a maior percentagem, cerca de 40%, das receitas.
O estudo refere igualmente que, embora o mercado demonstre sinais de crescimento, ainda existem muitos problemas que o afectam, como a falta de escala e de lucros, a existência de um ambiente regulatório incerto e a necessidade de construir bases sólidas de governança corporativa. Estes desafios, observa também o relatório, precisam ser superados para desenvolver completamente o ecossistema de fintechs em África.
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